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sábado, 28 de março de 2009

• Incêndio causa pânico em Diadema (SP)

Um incêndio que começou numa indústria de produtos químicos de Diadema, na Grande São Paulo, provocou explosões, atingiu casas e deixou moradores da região em pânico na manhã desta sexta.

A coluna de fumaça se transforma em uma bola de fogo no céu de Diadema. Explosões lançam barris de produtos químicos sobre uma árvore. Labaredas escorrem na rua, corroem o asfalto, atingem as casas vizinhas, queimam carros. “Não acreditei quando vi a chama de fogo descendo”, confessou um homem.

Alunos são retirados de três escolas. “Estava com medo da explosão e com medo de chegar perto da escola”, disse um menino.

“Eu fiquei desesperada, por causa da criança que estava na escola e a vida das pessoas estava em risco”, disse uma senhora.

O incêndio começou em uma empresa que tinha licença para distribuir produtos de limpeza, mas no terreno, segundo o Corpo de Bombeiros, havia 40 mil litros de produtos inflamáveis, armazenados de forma irregular.

Todo esse material se misturou durante o incêndio. Por isso, o tamanho das labaredas. O que agravou a situação ainda mais é que o local é cercado de casas por todos os lados.

Macas e material médico são preparados para receber os feridos, ao todo 17, entre eles um bombeiro. Um tambor voa de dentro fábrica, o céu escurece, as mangueiras dos bombeiros desaparecem diante do fogaréu. Outro tambor rasga uma delas.

“Já atingiu o teto das residências, caiu muito próximo dos bombeiros”, disse o bombeiro Eli Souza.

A principal preocupação dos bombeiros agora é evitar que um muro caia, porque se ele não aguentar o fogo e ceder pode haver um grande vazamento de produto químico. As explosões ainda são constantes por e, cada vez que uma bola de fogo sobe, a gente sente muito calor.

Caminhões pipa trazem mais água e, com o auxílio de duas escadas, os bombeiros conseguem esfriar o muro, que praticamente derrete. Logo depois, mais uma violenta explosão.

O fogo só é controlado cinco horas depois. Moradores são autorizados a voltar para casa. Na garagem de José, o único carro e a moto com apenas uma prestação paga estão destruídos. As paredes da cozinha, queimadas e o tanque, derretido.

“É doído a gente perder bens materiais com 27 anos de trabalho e afastado doente”, disse o operador de máquinas José Joaquim Fernandes.

A empresa informou que vai esperar o laudo que apura as causas do incêndio para decidir sobre indenizações. Uma declaração insuficiente para acalmar os moradores. “Eu nem sabia que existiria uma empresa desse porte, uma bomba, ao lado da casa da gente", disse o encarregado de produção Ronei Santos Reis.

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